As redes sociais tem ocupado um espaço cada vez maior no cotidiano das pessoas e, mais que isso, a variedade de redes tem crescido muito, o que leva as pessoas a hesitarem a se registrarem em uma nova rede. Apesar disso, a existência de uma rede social acadêmica em universidades se faz importante por ser um agente bastante poderoso na disseminação do conhecimento, por unir pesquisas de regiões diferentes que tratam sobre temas em comum e por aproximar alunos e professores além do contato em sala de aula, por se tratar de um ambiente com estrutura horizontal.
Com essa proposta, foi criada em 2007 na Universidade de São Paulo (USP) a rede colaborativa acadêmica Stoa [1], que, atualmente, utiliza a plataforma livre para redes socias Noosfero [2]. No entanto, apesar de o Stoa possuir dezenas de milhares de usuários, poucos são ativos, pois não houve em seu desenvolvimento uma preocupação com a usabilidade, de forma que a percepção dos principais objetivos da rede não se mostra clara.
O principal objetivo deste trabalho visa assegurar um melhor envolvimento dos usuários com a rede acadêmica Stoa, catalogando e avaliando do ponto de vista da usabilidade as funcionalidades existentes na rede que são relacionadas à educação. Com isso, espera-se aproximar os objetivos dos usuários ao utilizarem o Stoa com os reais objetivos da rede, tornando-a mais amigável aos usuários, e proporcionando a eles uma maior relevância aos diferenciais existentes em uma rede colaborativa acadêmica.
Tal melhoria na rede será realizada em uma série de etapas: em um primeiro momento, serão estudadas algumas definições de termos muito utilizados na área de usabilidade, bem como métodos de avaliação da experiência de usuários em sistemas web e de métricas relacionadas. Paralelamente, serão catalogadas as funcionalidades da rede que possuem alguma relação com a educação.
Em seguida, esses métodos serão aplicados para análise dos usuários do Stoa. Para esta análise, serão definidos o público-alvo, o tamanho da amostra, os cálculos estatísticos e os tipos de avaliação, como formulários sobre a rede, observação de usuários ao realizarem determinadas tarefas, ou realização de entrevistas com usuários. Após avaliação dos usuários, os dados obtidos serão tratados com cálculos estatísticos, de acordo com as métricas escolhidas.
Com base nos resultados, serão especificados os principais perfis de usuário e, além disso, serão levantadas melhorias em funcionalidades já existentes, bem como especificações de funcionalidades ainda não desenvolvidas, mas essenciais ao foco da rede. Todas as alterações sugeridas serão documentadas em um local adequado para futuro desenvolvimento e as principais serão selecionadas para serem desenvolvidas ou melhoradas ao longo deste trabalho.
Finalmente, serão reaplicados os métodos de avaliação da usabilidade utilizados no início desta pesquisa para análise e aprovação das mudanças realizadas.
A palavra usabilidade traz à mente dos leigos muitos significados, mas nem todos estão corretos. Carol Barnum [3] afirma que usabilidade, ao contrário dos que muitos pensam, não é garantia de qualidade, ausência de defeitos, utilitário de funcionalidades de design, nem é intrínseco em produtos. De fato existem diversas definições de diversos autores reconhecidos pelo tema para esse termo, como pode-se citar abaixo:
Essas e outras definições possuem algumas afirmações em comum. Elas afirmam que um usuário está envolvido e que esse usuário está fazendo algo com um produto, sistema ou outra coisa [5].
Neste trabalho, será aplicada a avaliação somativa da usabilidade da rede Stoa, em que é realizada uma análise global do produto, visando a identificar a maior parte das falhas de usabilidade existentes nele [5]. Na avaliação direta, os participantes envolvidos poderão ter liberdade para realizar as tarefas que quiserem, sendo possível utilizar suas próprias contas na rede Stoa e realizar ações que fariam em uma situação habitual. Paralelamente, será aplicado um formulário a respeito das funcionalidades educacionais do Stoa. As métricas utilizadas serão baseadas em issues [5], ou seja, em quaisquer instâncias que prejudiquem a interação com o usuário e que, alteradas, vão melhorar o software.
Mais detalhes sobre a metodologia, como a escolha do público-alvo, do tamanho da amostra para cada tipo de avaliação e a utilização das métricas baseadas em issues ainda estão sendo estudados.
Atividade | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov |
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Estudo inicial de termos sobre usabilidade | x | x | |||||||
Estudo dos métodos para análise de usabilidade | x | x | |||||||
Catalogação dos recursos educacionais do Stoa | x | ||||||||
Seleção da metodologia e público-alvo | x | ||||||||
Coleta dos dados | x | ||||||||
Análise dos resultados | x | ||||||||
Levantamento de falhas de usabilidade nos recursos educacionais do Stoa | x | x | |||||||
Seleção de algumas falhas de usabilidade para serem trabalhadas | x | ||||||||
Solução das falhas selecionadas | x | x | |||||||
Reaplicação dos métodos | x | ||||||||
Análise final para avaliação das modificações feitas | x | ||||||||
Escrita da Monografia | x | x | x | x | x | ||||
Pôster e apresentação | x |