Motivação - Atendimento Domiciliar |
As características da população brasileira tem
sido alteradas consideravelmente nos últimos anos.
Segundo o IBGE, o Brasil já tem 180 milhões de habitantes
com previsão para 250 milhões em 2050.
A expectativa de vida média dos brasileiros também
aumentou, chegando aos 71,3 anos em 2004
[min].
Assim, é natural que o envelhecimento da população
se acentue. Nos últimos 40 anos,
a população de idosos quintuplicou, passando de
3 milhões em 1960 para 14 milhões em 2004. A
previsão para 2050 é que 18% da população estará
acima dos 65 anos.
Com aumento da população de idosos, crescerá também o número de casos de doenças típicas desta população que muitas vezes levam a dificuldades de locomoção. O idosos são mais vítimas de derrames e infartos, além de pneumonias e tétano. A gripe no idoso também pode ter consequências graves levando à quebra do equilíbrio físico. O aumento da população e de sua expectativa de vida e o número reduzido de vagas nos hospitais são alguns dos fatores que motivam o desenvolvimento e adesão ao atendimento médico domiciliar. Este traz inúmeras vantagens tanto para a população quanto para o governo. O atendimento domiciliar representa um alívio para quem sofre de doenças crônicas pois possibilita que estas pessoas possam ser tratadas no ambiente familiar. Também representa um incentivo para reabilitação de vítimas de acidentes com sequelas e de crianças após períodos de internação. Para pacientes em fase terminal, o atendimento domiciliar permite que este passe seus últimos momentos com a família e em sua casa, o que não seria possível em um leito de hospital. Já para o governo, isto representa um menor número de pessoas internadas. A internação de um paciente é onerosa e o atendimento domiciliar tem um custo menor além de representar maior qualidade de vida e chances de recuperação do paciente. Além disso, é possível manter uma base de dados mais confíavel e acompanhar a saúde da população estudando seu perfil e buscando soluções mais adequadas. Conhecendo a sua população, cada centro de saúde (bairro, cidade, região) pode desenvolver soluções específicas e que atendam às necessidades de forma imediata empregando melhor a verba da saúde pública. Atualmente, os principais postos de saúde pública no país contam com dois programas que tem o atendimento domiciliar como principal forma de trabalho. Estes são o Programa de Saúde da Família (PSF) e o programa Atenção Primária Domiciliar (APD). O PSF foi concebido em 1994 pelo Ministério da Saúde. Seu objetivo é substituir o modelo tradicional de atendimento priorizando ações de prevenção e recuperação da saúde da população, tendo como vias de atendimento principais as unidades básicas de saúde e o domicílio. Este programa já apresenta resultados positivos significativos e o governo pretende aumentar o número de equipes de saúde que trabalham com o PSF nos níveis municipal, estadual e federal. Já o APD acompanha pacientes que estavam internados e ao apresentarem um quadro mais estável são encaminhados para casa ou então pacientes que possuem alguma dificuldade de locomoção. Estes pacientes recebem visitas períodicas de médicos e outros profissionais da saúde que monitoram a evolução do tratamento. No momento, médicos e enfermeiros participantes do PSF e APD utilizam recursos de apoio muito rudimentares, geralmente baseados em formulários em papel, e se queixam da falta de uma ferramenta de suporte mais sofisticada. |